Ao longo da história, a pobreza no México tem aumentado. Atualmente, existem mais de 55 milhões de pessoas que vivem na pobreza. Aqui explicamos suas causas e consequências, bem como algumas soluções possíveis.

Abaixo, você tem um índice com todos os pontos que abordaremos neste artigo.

Índice de artigos

Pobreza no México: causas e possíveis consequências

Estatísticas

A organização que gera a informação mais objetiva sobre a pobreza no México é CONEVAL (Conselho Nacional de Avaliação da Política de Desenvolvimento Social). Os dados para as publicações que fazem vêm do INEGI, o Instituto Nacional de Estatística e Geografia do México.



Para representar o índice de pobreza, CONEVAL leva em consideração os seguintes fatores:

  • receita
  • Educação
  • Acesso a serviços de saúde
  • Acesso à segurança social
  • Acesso a comida
  • Qualidade e espaços da casa
  • Acesso a serviços básicos de habitação

Portanto, é uma pobreza multidimensional, na qual diferentes aspectos da sociedade são levados em consideração.

Um dos dados que mais se destaca é que 46,2% da população vive abaixo da linha da pobreza, o que se traduz em 55,4 milhões de pessoas. Além disso, 9,5%, ou seja, 11,4 milhões de habitantes, sobrevivem em situação de pobreza extrema.

Nos últimos 20 anos, o número de sem-teto não foi reduzido, mas tende a aumentar. Além disso, nos últimos 10 anos, apareceram mais 9,8 milhões de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza.

Pobreza por entes federativos

A República Mexicana tem um governo federal e está dividida em 32 entidades: 31 estados e a Cidade do México. A pobreza não é absoluta, mas em cada território tem uma percentagem muito diferente. Esta tabela mostra os dados de pobreza para 2014 em cada estado:

Entidade federativaPercentagemMilhões de pessoas
Aguascalientes34,82,1
Baja California28,63,1
Baja California Sur30,33,9
Campeche43,611,1
Coahuila30,23,7
Colima34,33,4
Chiapas76,231,8
Chihuahua34,45,4
Distrito Federal28,41,7
Durango43,55,3
Guanajuato46,65,5
Guerreiro65,224,5
Nobre54,312,3
Jalisco35,43,2
México49,67,2
Michoacán59,214,0
Morelos52,37,9
Nayarit40,58,5
Nuevo Leon20,41,3
Oaxaca66,828,3
Puebla64,516,2
Querétaro34,23,9
Quintana Roo35,97,0
San Luis Potosi49,19,5
Sinaloa39,45,3
Sonora29,43,3
Tabasco49,611,0
Tamaulipas37,94,3
Tlaxcala58,96,5
Veracruz58,017,2
Yucatan45,910,7
Zacatecas52,35,7

Por outro lado, os estados com maior percentual de pobreza extrema eles são Chiapas com 31,8%, Oaxaca com 28,3% e Guerrero com 24,5%. Esses números são muito alarmantes, pois entre os três somam um total de 3,65 milhões de pessoas que vivem em extrema pobreza.

Causas e consequências

Existem vários Causas que explicam o nível de pobreza que encontramos no país. Uma delas é a distribuição incorreta da riqueza, já que 1% da população concentra 39% da riqueza nacional. Desta forma, o México é uma das 25 nações com maior desigualdade do mundo.

Além disso, existem situações de corrupção, existe uma significativa falta de emprego e grande parte dos empregos são mal remunerados, sendo em 2015 o salário mínimo de 1.801 pesos, o que equivale a cerca de 90 dólares. O desemprego é de cerca de 4%.

Estas situações conduzem a um crescimento económico muito reduzido, que, somado a um aumento considerável da população (em dois anos aumentou 2,6 milhões), justificam os elevados índices de pobreza no país.

Este nível de escassez implica impacto Transcendental para a população, como problemas de saúde e desnutrição. Um milhão e meio de crianças menores de cinco anos sofrem de desnutrição crônica.

Da mesma forma, a busca por recursos desencadeia o aumento da prostituição e da criminalidade, bem como o aumento da dependência de drogas. A desagregação familiar devido a abandono escolar, gravidez na adolescência e divórcio também é comum.

Outro efeito negativo é a emigração, principalmente para os Estados Unidos, na tentativa de alcançar uma melhor qualidade de vida. Uma parte significativa dessas migrações é considerada ilegal, uma vez que atravessa a fronteira sem nenhum documento oficial que o permita.



tipos de pobreza

Como já indicamos, o índice de pobreza analisado no México é multidisciplinar, pois engloba vários fatores. No entanto, no país encontramos diferentes tipos de pobreza.

Uma das deficiências mais notáveis ​​é a pobreza alimentar, a impossibilidade de obter uma cesta básica utilizando toda a renda disponível. Afeta sobretudo as crianças, pois afeta gravemente a sua saúde.

Por outro lado, encontramos a pobreza social, pois no campo as pessoas de baixa renda vivem em uma categoria social isolada do resto da população, o que acentua a marginalização e a dificuldade de se conseguir uma melhor qualidade de vida.

Outro tipo de carência que também ocorre no México é a pobreza patrimonial, já que uma parte da população pode atender às suas necessidades básicas, mas não consegue adquirir o mínimo necessário de moradia, vestuário e transporte. Está relacionado à pobreza cultural, devido à falta de educação.

A pobreza rural é mais acentuada do que a urbana (com exceções como Ciudad Juárez), uma vez que as pequenas cidades são mal comunicadas, têm menos serviços e menos oportunidades de emprego.

A carência também está relacionada ao gênero, visto que, de acordo com diversos estudos, nos domicílios onde as mulheres são as principais fontes de renda existe um maior número de dependentes.

La pobreza infantil É grave, pois cerca de 52% das crianças mexicanas sofrem com isso. É o grupo mais vulnerável, uma vez que 20,9% dos jovens que vivem nas zonas rurais sofrem de desnutrição, percentagem que diminui para 11,9% nas zonas urbanas. Podemos até encontrar crianças trabalhadoras no país.

Se você deseja adquirir mais informações sobre os tipos de deficiência que existem no mundo, pode ler nosso artigo sobre o assunto: Pobreza no mundo: definição, causas e tipos.

Possiveis soluções

Apesar de tanto o governo, por meio da SEDESOL, como de grandes organizações internacionais, incluindo o Banco Mundial e o FMI (Fundo Monetário Internacional), realizarem projetos de combate à pobreza no México, as medidas realizadas até agora são insuficiente.

Estas seriam as soluções possíveis para erradicar a fome e a pobreza:

  • Maior investimento social
  • Melhorar o acesso a serviços básicos
  • Incentivar a educação
  • Garantindo saúde para todos os cidadãos
  • Invista em áreas rurais

Apesar de todas essas medidas serem adotadas, a eliminação total da pobreza seria impossível sem as mudanças em nível internacional que a globalização trouxe, como a exploração dos recursos naturais.

Também não devemos deixar de lado a população indígena, que é a mais afetada pela desigualdade e a mais isolada dos serviços e da ajuda.

Devemos levar em consideração o trabalho que importantes ONGs internacionais realizam no país, como o UNICEF ou a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação).

Da mesma forma, existem várias organizações sem fins lucrativos no México que também lutam por uma maior igualdade entre a população. Um exemplo disso é o CEPAD (Centro de Justiça para a Paz e o Desenvolvimento).

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